Conheça os detalhes de um voo em gravidade zero – Voo Parabólico
O treinamento para se tornar um astronauta exige que o candidato resista a testes rigorosos e estressantes – diversas máquinas e simuladores medem a resposta de cada trainee aos rigores de uma viagem espacial. Atualmente, indústrias totalmente diferentes utilizam diversos desses simuladores a outro propósito – a diversão.
Poucos destes simuladores chamam tanto a atenção do público quanto um vôo com gravidade zero. Quase todos sonham em flutuar sem esforço como os astronautas no espaço. Atualmente, a Agência Marcos Pontes oferece esta experiência ao público em geral.
Então, como podemos simular a ausência de peso sem sair da força gravitacional da Terra? A resposta mais simples é observarmos um objeto em queda livre. Queda livre é quando um objeto cai somente sob a influência da gravidade.
Para que os passageiros de um avião experimentem a queda livre com segurança, o avião deverá subir em um ângulo bem inclinado, nivelar, e então mergulhar, criando uma rota chamada arco de parábola, também chamada de Trajetória de Kepler ou rota de queda livre. Em um arco de parábola verdadeiro, a única força de aceleração é a gravidade puxando no sentido vertical – a velocidade horizontal permanece constante. Devido à resistência do ar, os objetos na atmosfera terrestre só navegam em arcos que se aproximam de uma parábola verdadeira.
Normalmente o avião que utilizamos voa a uma altitude entre 7.315 m e 9.754 m. Isto fornece espaço suficiente para manobrar o avião com segurança ao longo da sua rota de vôo. A descida do avião deve começar a uma grande altitude, havendo uma distância segura para que o piloto saia do mergulho. Assim que o avião chega ao pico de seu arco, o piloto orienta-o em um ângulo de 45 graus. Durante a subida, a aceleração do avião e a força da gravidade criam uma força de 1,8 vezes a força da gravidade – os passageiros pesam temporariamente quase o dobro do normal. À medida que o avião ultrapassa o topo do arco, a força centrífuga exercida no avião, e em tudo dentro dele, cancela a força gravitacional que puxa para baixo. Neste ponto os passageiros sentem a microgravidade – parece que você não tem peso porque somente forças gravitacionais desprezíveis estão presentes. A sensação de ausência de peso dura aproximadamente 15 segundos em cada parábola. Serão 15 parábolas realizadas no total. Como o avião protege os passageiros da força do vento, eles podem sentir a queda livre sem nenhuma interferência da resistência do ar.
Esta brincadeira é conhecida na NASA como “Vomit Comet”, já que no caso de um treinamento real para astronautas chegam a ser realizadas cerca de 100 parábolas. No nosso caso, a experiência que a Agência Marcos Pontes realiza as chances de enjôo são mínimas.
Se você quer sentir como é um vôo em gravidade zero, pode reservar uma passagem na Agência Marcos Pontes – e iremos reservar um Boeing 727-200 modificado. O pacote inclui um briefing com o próprio astronauta Marcos Pontes, livros autografados entre outros brindes, a experiência em sí, seguros obrigatórios, guias em português, passeios, Hotéis e aéreos (quando solicitados), videos, fotos, o almoço de confraternização no final do evento e um importante certificado autografado pelo astronauta. Os passageiros devem ter no mínimo 15 anos caso estejam desacompanhados, ou 12 caso estejam com um dos pais ou responsáveis.
Após fazer a reserva de seu vôo, enviaremos um pacote com informações e formulários para preenchimento. Os formulários incluem uma declaração e um certificado de que você não sofre de quaisquer condições, ou doenças que poderiam se agravar durante o vôo. Alguns passageiros poderão necessitar de uma autorização do médico, antes que a empresa permita que eles participem.
Na hora de embarcar no avião, os passageiros sentam-se na parte traseira do avião, que se parece com um 727 normal, exceto pelo fato que não existem janelas. Você apertará seu cinto de segurança e o piloto taxiará na pista e levantará vôo como qualquer outro avião.
Assim que atinge a altitude de cruzeiro, está na hora de soltar seu cinto de segurança e ir para a área de diversão, onde você irá deitar-se enquanto se prepara para a primeira rampa, durante a qual as forças-g aumentam. Você pode levar seu celular e câmera de filmagem, mas aconselhamos que deixe esta tarefa a cargo da tripulação que tem uma equipe própria para isso. Os custos do vídeo editado e das fotos estão inclusas para você e assim fica tudo melhor para curtir sua diversão.
Quando o avião chega ao topo do ponto mais alto, um membro da tripulação gritará gravidade marciana, gravidade lunar ou gravidade zero. Nesse momento, você pode mover-se pela área de diversão, experimentando o ambiente de gravidade reduzida. A tripulação oferece ajuda e tira fotos e vídeos de sua experiência, enquanto você flutua, dá cambalhotas, voa e salta ao longo da área de diversão. Quando o avião começa a sair de seu mergulho, um membro da tripulação gritará, pé no chão; esta é a senha para que você se vire de modo a aterrissar com segurança no chão, à medida que a gravidade aumenta gradualmente. Você deverá deitar-se novamente para se preparar para a próxima subida.
Assim que o avião completa o último arco de parábola, você voltará para a área dos assentos e apertará o cinto para a aterrissagem. Assim que você retornar ao aeroporto, deixará o avião e irá para um almoço de confraternização incluso.
Estes voos destinados a turistas e astronautas de plantão acontecem desde 2004, quando a FAA concedeu a autorização de realizar vôos em um 727-200 utilizando planos de vôos parabólicos. A empresa voa até áreas desabitadas que estão fora das rotas da maioria dos vôos comerciais. Cada vôo acontece dentro de um corredor designado pela FAA de aproximadamente 100 milhas de comprimento por 10 milhas de largura.
O modelo 727-200 foi modificado para atender melhor as exigências da FAA. As equipes removeram a maior parte dos assentos e criaram um corredor almofadado de 27,5 m onde os voadores – o termo da empresa para passageiros – experimentariam a ausência de peso. A parte traseira do avião pode acomodar até 35 voadores e seis membros da tripulação. Os engenheiros projetaram um novo sistema hidráulico que impede que o ar e o fluído hidráulico se misturassem em um ambiente com ausência de peso – tal mistura poderia acarretar uma perda na pressão hidráulica, tornando o controle do avião muito difícil. O novo sistema hidráulico é um sistema fechado, significando que uma série de válvulas impede que o ar e o fluído hidráulico se misturem.
Os engenheiros projetaram também um acelerômetro especial para a cabine de comando. O acelerômetro mede a velocidade e a rota do avião ao longo de um arco parabólico. Como o objetivo é divertir pessoas, a empresa sentiu que o conforto de seus clientes era importante e os pilotos podem receber os dados sobre sua trajetória de vôo, fazendo pequenos ajustes quando necessário para assegurar que cada arco seja o mais suave possível.
A Boeing projetou o 727 para suportar forças de -0,1 G até 2,5 G. A carga de gravidade durante o vôo parabólico fica dentro do intervalo de 0 G a 1,8 G, que está dentro do intervalo seguro. A FAA inspeciona regularmente o avião quanto a sinais de fadiga do equipamento e necessidade de manutenção.
Convidamos nossos clientes a fretar vôos que podem partir de qualquer aeroporto de grande porte, facilitando ainda mais tornar o sonho de experimentar a gravidade zero uma realidade. Assistam nosso vídeo: