Encontro dos Turistas Espaciais

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Dia 25 de Setembro de 2013, os astronautas comiam bolos no deserto de Mojave, nos Estados Unidos. Eles precisavam de um monte de muffins, principalmente porque havia um monte de astronautas – 300 mais ou menos, o suficiente para que eles tivessem que ser trazidos ao deserto por uma caravana de ônibus, 10 no total. Eles estavam presentes para ver a sua nave espacial, conhecida pelo nome SpaceShipTwo e ouvir de Sir Richard Branson, fundador da Virgin Galactic, sobre os avanços na finalidade de democratizar o espaço.

A multidão que se reunia para ouvir Branson era um grupo eclético: Funk, uma avó de 70 anos de idade que tentou ser astronauta na década de 60 quando não haviam quase vagas ( e as poucas que haviam eram reservadas a homens), que deseja ir para o espaço, diz estar aguardando por isso fazem 50 anos. Aqui também, improvável, foi Zanaib Azim, uma criança de 11 anos de idade, canadense de origem paquistanesa. Apostando no seu voo para 2015, terá 13 anos somente.

\”Pretendemos colocar mais pessoas no espaço por ano, do que o número total de pessoas que já foram até hoje\”, diz Branson (a população existente de viajantes espaciais ficou em 530 até 2013) , um grande número para ser batido, mas Branson acredita que está ao alcance . \” Estamos fazendo isso 50 anos após a NASA pela primeira vez. Hoje nós temos muito mais conhecimento do que estava disponível naquela época. \”

Esse foi o tom da reunião desta manhã, que até agora inscreveram-se depósitos de um total de 640 pessoas, prometendo levá-los a bordo uma nave espacial que está em testes, até à data prevista para quebrar a barreira de espaço até o final de 2014.

\”Eu acho que isso é possível \”, diz Dave Mackay, 56, um ex- piloto da Força Aérea Real da Grã-Bretanha e piloto comercial de Branson Virgin Atlantic, que agora está voando para a Virgin Galactic. \”A maior transição foi quando fomos de Mach 0,9 a Mach 1,2 o que é chamado o regime transônico. Em outras palavras, a nave já foi testada para a quebra da barreira do som e no último voo chegou a 1.700km/h.

Um pequeno veículo de seis passageiros, com uma envergadura de apenas 42 pés, na verdade é apenas uma parte de um conjunto de dois transportes. Ela é carregada por sua nave-mãe, WhiteKnightTwo, com mais de 140 pés de envergadura, apenas 16 pés menor que um Boeing 767. WhiteKnightTwo carrega SpaceShipTwo até 50.000 pés (15.000 m) quando então, ocorre o desacoplamento. A nave, em seguida, sobe com o poder de foguete através do limite oficial do espaço, a 100 km para cima. Lá se estabelece suavemente, oferecendo um pouco mais de cinco minutos de ausência de peso e vistas espetaculares, antes de mergulhar de volta para a pista de pouso. O que poderia dar errado?

Branson está certo que, sabemos hoje muito mais do que sabíamos em 1961, quando Shepard fez os primeiros vôos suborbitais. E esses avanços exponenciais em conhecimento tem sido acompanhado por um progresso similar em materiais, softwares, engenharia e, não menos importante, know- how. Além disso, \”usamos cerca de 70 vezes menos energia do que um vôo orbital \”, diz o CEO da Virgin Galactic, George Whitesides, ex-chefe de equipe da NASA .

Isso é algo que as 300 pessoas que estavam presentes no evento e os outros 340 também estão apostando. Eram 3 os turistas espaciais brasileiros presentes, entre eles, o diretor comercial da Agência Marcos Pontes, Marcos Palhares, que também subirá ao espaço com previsão em 2015: “Estamos em um momento singular da história – comenta Palhares. Tudo o que se sabia sobre viagens espaciais está prestes a mudar, e agora, os novos exploradores serão pessoas comuns, serão turistas”, finaliza (segurando a bandeira brasileira abaixo de Sir. Richard Branson).

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