Previsões para o programa espacial norte-americano
Enquanto os Estados Unidos comemoram as eleições presidenciais, a nação mais poderosa do planeta ainda encontra-se a anos de distância de recuperar sua capacidade de lançamento para voos tripulados ao espaço.
Desde quando o ônibus espacial Atlantis retornou com segurança a Terra a pouco mais de um ano atrás, o evento marcou o fim dos programas americanos com capacidade de transportar seus próprios astronautas para o espaço. Como tal, uma terceirização indesejável de serviços de lançamento com os russos foi exigido, e a NASA assinou vários contratos de $ 100 de milhões de seu próprio financiamento para comprar passagens na Soyuz russa, a única operação disponível para se manter a presença norte-americana em um posto avançado orbital como a ISS, investimento de grande peso sobretudo dos americanos.
Esta situação deve mudar, com a NASA focada em sua prioridade número um de colaborar com uma série de sociedades comerciais privadas americanas, para desenvolver seus próprios veículos de lançamento e meios de transporte com capacidade de tripulação – sistemas que a NASA pode usar, por meio da compra de serviços sob contrato, para recuperar a sua capacidade de lançamento nacional.
Várias empresas estão competindo por um contrato com a Nasa para mudar essa situação, incluindo ATK – que estão empurrando para a frente suas datas com seu Sistema de Transporte Liberty. Na verdade, a ATK já afirmou que vai continuar com o desenvolvimento da Liberty independentemente do financiamento da NASA, e com um cronograma acelerado para trazer o veículo em funcionamento até 2015.
A parceria entre a NASA e o setor comercial atualmente envolve empresas como a SpaceX – com o seu veículo de lançamento Falcon 9 e da espaçonave Dragon, hoje como veículos bem sucedidos de carga não tripulados.
A Blue Origin, fundada pelo presidente da Amazon portal de vendas na internet, Jeff Bezos, é mais uma aposta da NASA, com ambiciosa capacidade de decolagem e pouso verticais.
A Boeing, está propondo a utilização do veículo de lançamento Atlas V para levar sua nave-100 CST em órbita, e o favorito de Sierra Nevada Corporation, o Chaser, também está prestes a lançar seu veículo pela mesma plataforma. Esta adaptação agilizaria sensivelmente a velocidade no desenvolvimento de ambos os programas.
Mas as expectativas estão mesmo com o Liberty. Tanto é que até agora é o único veículo comercial que está previsto ser lançado a partir do Centro Espacial Kennedy (KSC) – um grande ponto positivo para o programa, devido a intenção da NASA de converter o local de lançamento na Flórida em um espaço-porto ativo. Caso isso se torne realidade, a nave espacial Liberty vai ser um vizinho da cápsula Orion da NASA. Projeto ambicioso, capaz de levar astronautas novamente para a Lua, talvez até para Marte, através do veículo lançador Ares I. Mas para isso acontecer, os testes também dependerão da iniciativa privada.
Qualquer que seja o veículo ou o local de lançamento, a Agência Marcos Pontes é a única agência brasileira especializada em levar turistas para conhecer de perto o programa espacial americano.